Maria dos Anjos de Pinho Tavares


Maria dos Anjos de Pinho Tavares

Maria dos Anjos de Pinho Tavares

Nasci aos 01/08/1945, no local denominado Mãe dos Homens, que hoje veio a chamar-se Materlândia. Sou a sétima filha de Geraldo de Pinho Tavares e Mirtes Cunha de Pinho.

Com idade de quatro anos, meu pai se mudou para a região de São João Evangelista, tendo adquirido uma terrinha no lugarejo chamado São Nicolau Pequeno, nome do pequeno rio que banhava a região.

Aos seis anos de idade, fui matriculada no primeiro ano do curso primário (então assim chamado o ensino fundamental) em uma escola rural que funcionava na Fazenda do Sr. Francisco Marques, onde completei o segundo ano primário.

Depois, fui estudar no Grupo Escolar Monsenhor Pinheiro, na cidade de São João Evangelista, onde completei o curso primário, ou seja, “tirei  meu diploma”, com dez anos de idade.

Então, meus pais resolveram se mudar para Belo Horizonte, pois a família de oito filhos precisava de estudo e de trabalho.

Chegando em Belo Horizonte, após curso de admissão, passei a estudar na Escola Técnica de Comércio Brasileira, hoje Colégio Brasileiro, me formando no curso de técnico em contabilidade.

Em 17/10/1964, me casei com Raimundo Soares Pereira, filho de João Soares Pereira e Maria Soares de Oliveira, da região de São José do Goiabal.

Após um ano de casada, em 11/07/1965, nasceu meu primeiro filho, Júlio Cesar Pereira de Pinho Tavares, e, em 06/07/1966, nasceu minha segunda filha, Liliana Pereira de Pinho Tavares. Após sete anos, nasceu meu terceiro filho, Sérgio Fernando Pereira.

Após nascimento dos três, resolvi me submeter ao vestibular de direito na UCMG, hoje PUC Minas, onde alcancei o grau de bacharel em direito.

Antes mesmo da formatura, já havia ingressado, por concurso público, nos quadros de funcionários do TRT – 3ª Região, ocupando o posto de auxiliar judiciário.

Após a formatura, fui promovida a Técnico Judiciário, cargo ocupado por vários anos na JCJ de Contagem-MG.

Posteriormente, tive vontade de fazer concurso para ingresso na magistratura trabalhista, e, como não tinha tempo de estudar, resolvi, antes, fazer concurso para Oficial de Justiça, função que me daria um vencimento bem menor, mas, em troca, eu teria tempo para estudar.

Após muita batalha, fui aprovada no concurso de provas e títulos e ingressei na magistratura trabalhista.

O começo da carreira foi difícil, porque na condição de juíza substituta, era forçada a frequentes viagens para cobrir faltas de outros juízes em férias ou licenças.

Foi então que vagou a Vara do Trabalho de Almenara e fui então designada para ser sua Juíza Presidente, onde trabalhei mais de um ano. De lá, pedi transferência para a Vara de Pirapora que estava vaga e fui então promovida para aquela comarca. Dali, um ano depois, fui promovida para a Vara do Trabalho de Ouro Preto-MG, onde trabalhei até a aposentadoria.

Minha aposentadoria, infelizmente, deu-se por invalidez devido a uma grave doença que me acometeu (hepatite C), que me manteve afastada do trabalho em licenças médicas por tempo superior ao admitido por lei.

Minha aposentadoria foi muito triste e sofrida, porque eu amava meu trabalho e não desejava me afastar dele, mas como na vida a tudo se acostuma, acabei me acostumando à vida de aposentada, e hoje levo uma vida cheia de atividades.

Meus filhos me deram oito netos.

O Júlio é desenvolvedor web e tem três filhas: Nina de Oliveira Pereira, filha do seu primeiro casamento com Silvana de Oliveira Santos; Sofia Brant Tavares Pereira e Isadora Brant Tavares Pereira, filhas do seu segundo casamento com Roseane Bernardes Caldeira Brant.

A Liliana é advogada. Casou-se com João Luciano da Fonseca e me deu dois netos: Luciana Natália da Fonseca e Lucas Pereira da Fonseca.

O Sérgio Fernando é advogado e foi vereador em Belo Horizonte. È casado com Elen Marques Pereira, com quem tem três filhas: Julia Marques Pereira de Pinho Tavares, Clara Marques Pereira de Pinho Tavares e Mariana Marques Pereira de Pinho Tavares.

Meu marido, pai dos meus filhos, faleceu em 02/02/2002, e eu tive dois outros casamentos que não deram certo. Hoje sou divorciada.

Decidi escrever este livro para relatar os fatos que pesquisei sobre os Pinho Tavares e contar a história da minha família.

O livro é, também, uma homenagem a Geraldo de Pinho Tavares, meu pai, e a todos os demais descendentes de Bernardino de Pinho Tavares que, com seu suor, seu sangue e suas lágrimas, fertilizam o solo do Brasil desde o século XIX.

Maria dos Anjos de Pinho Tavares